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Os Processos e o Bom Senso

Processos, procedimentos, regras, controles, conformidade, tudo isso só acontece com a participação e colaboração do ser humano. E este fator “bom senso” é que entendo que deva nortear a aplicação de todas as técnicas e metodologias.

Por Eduardo G. Tarazona 

Sempre que falamos ou lemos sobre Processos, nos vem à mente inúmeros termos técnicos, siglas, certificações e uma enxurrada de metodologias. Tudo isso tem grande valor há de se reconhecer o enorme esforço empregado no estudo e o brilhantismo no desenvolvimento de cada técnica ou metodologia que surge constantemente e de forma evolutiva.

No entanto, falar sobre processos sempre me remete à uma expressão que ouvi há alguns “vários” anos, quando um gestor de uma área de Organização & Métodos de um Banco (que atualmente pode ser chamada de Gestão de Processos), dizia aos seus colaboradores que estabelecer novos processos, em qualquer que seja o negócio, requer do profissional senso crítico, mas sobretudo Bom Senso. Bom senso associado à ideia de sensatez e sensibilidade, para aplicar a melhor conduta em cada caso específico.

Processos, procedimentos, regras, controles, conformidade, tudo isso só acontece com a participação e colaboração do ser humano. E este fator “bom senso” é que entendo que deva nortear a aplicação de todas as técnicas e metodologias.

Segundo Aristóteles, o bom senso é “elemento central da conduta ética, uma capacidade virtuosa de achar o meio termo e distinguir a ação correta, o que é em termos mais simples, nada mais que bom senso”.

Nas experiências que tive ao longo de minha trajetória, pude presenciar muitas vezes profissionais com bom senso atuando sobre uma melhoria em uma cadeia de valor, ou determinando um novo processo, por conta de um novo produto ou serviço desenvolvido. Cabia aos profissionais envolvidos, avaliar sempre todos os impactos inerentes e exercer a gestão sobre as mudanças.

Este Bom Senso, por muitas vezes também, determinou como e quando aplicar mudanças em procedimentos de forma a atender às expectativas da empresa, de seus controladores e especialmente de seus colaboradores, profissionais que tiveram seu modus operandi alterados, em muitos casos os tirando de sua zona de conforto.

Partindo do princípio que todo ser humano tem expectativas, quer pessoais ou profissionais, atender à elas é uma tarefa árdua, mas extremamente gratificante a qualquer pessoa que se dispõe a mudar a ordem dos acontecimentos ou sequência dos procedimentos, e que não se cala ante àquele jargão que diz “se está bom assim, pra que mudar?”.

Mudar porque o negócio assim o exige, porque a empresa e o mercado evoluem. Mudar para melhorar, para oxigenar, porque o “lugar comum” já não atende mais, mudar com seriedade, consistência, exatidão.

E estabelecer novos procedimentos, consolidar processos, gerir mudanças, atender ao negócio, tudo isso requer habilidades e técnicas essenciais aos profissionais de hoje e de sempre.

No entanto, associado à aplicação de todas as técnicas e metodologias necessárias, para compreender e atender expectativas com sensibilidade e capacidade de discernimento entre certo ou errado, ou o que deve ou não deve ser feito, alterado, adicionado ou removido, entendo ser fundamental, o bom senso.

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Sobre o Autor: 

 

EduardoEduardo Tarazona, MBA é consultor em gestão de projetos, processos, controles internos e compliance. Graduado em Economia pela Faculdade São Luís – SP e MBA em Gerenciamento de Projetos pela FIAP – SP, foi responsável pela condução de projetos voltados ao desenvolvimento de produtos, serviços e gestão de compliance para instituições financeiras e empresas de meios de pagamento nos últimos vinte anos. Atualmente, como consultor pela MASSI Consultoria e Treinamento, atua em projetos voltados a mapeamento de processos, identificação de riscos e de pontos de controle para auditoria e compliance.

 

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