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Conhecimento, a importância de saber transmiti-lo.

Gestão de Projetos FIXE, Metodologia Ágil

Por Eneida Xavier

Ultimamente muito se tem investido no desenvolvimento das lideranças: programas de treinamento e desenvolvimento, coaching, mentoring, experiências internacionais, entre outros, e ninguém duvida que os resultados de qualquer organização dependem de uma liderança fortemente engajada e com as competências necessárias para alavancar o negócio e gerir suas equipes. Mas até que ponto os resultados dessas ações perduram ao longo do tempo?

Por isso, saber transmitir conhecimento é uma grande responsabilidade. Quer ser um grande líder? Não adquira conhecimento apenas, saiba como transmiti-lo.

Ter conhecimento não significa que o que você sabe é o correto. Por isso adquirir conhecimento vai além de ler ou de falar sobre determinado assunto, exige também domínio do assunto, saber realmente do que se fala. O conhecimento superficial não deixa de ser conhecimento, mas não é algo que traga um diferencial pessoal ou profissional. Sendo assim é preciso ir atrás de seus objetivos, ler, estudar, buscar maneiras de ser e/ou fazer a diferença.

Não se limitar a ficar focado somente em suas atividades, observar o ambiente a sua volta, ampliar seus horizontes, ter um bom relacionamento interpessoal, conhecer as pessoas. O líder deve alinhar os objetivos da sua equipe e conhecer um pouco sobre cada um de seus subordinados para que o resultado final seja concretizado com sucesso e atenda as necessidades da organização. Os líderes de hoje não se limitam a delegar tarefas, eles são muito mais flexíveis. A maioria está aberta ao diálogo e aceita melhor as ideias de seus colaboradores. Procura ser um líder inovador, ser a diferença para a sua empresa e seus subordinados. O líder deve saber desempenhar seu papel com certa autoridade, mas também deve perceber o momento certo de mudar sua postura em que ele tem que ser parceiro e companheiro, mas não no sentido de passar a mão na cabeça, mas de orientar, falar a verdade e buscar soluções plausíveis.

Chegará a hora em que o conhecimento adquirido deverá ser repassado, portanto será preciso ter certeza do conhecimento de que se possui. Se tiver dúvidas, não deverá ser transmitido. Informações erradas ou incompletas podem gerar transtornos e discussões desnecessárias Assim faz-se necessário buscar mais informações, embasar os conceitos do conhecimento adquirido e nunca pensar que sua palavra é a lei, independentemente do cargo que possua ou de sua vida pessoal. Esta atitude pode passar às pessoas em volta um desconforto e um sentimento de arrogância e indisposição para ouvir.

Assim como um professor precisa dominar o conhecimento e a forma de transmitir esse conhecimento, o líder também precisa dominar formas de passar informações importantes para seus liderados, assim como prepará-los para transmitirem posteriormente. Bons líderes desenvolvem o dom de tornar as coisas mais claras e transmitem com facilidade informações, tarefas e, até mesmo, aquele famoso feedback, ferramenta tão necessária para o processo de liderança.

Líderes precisam formar novos líderes

Um líder dever ter a capacidade de formar novos líderes. Para quem acredita que ser líder é mandar pode parecer estranho ensinar liderados a serem líderes, porém, liderar tem a ver com muitas coisas menos mandar.

Uma comunicação excelente é o que todo líder deve buscar, pois, além de evitar ruídos que podem desencadear erros, ela é a chave para criar mais facilitadores na equipe.

Por meio dessa ferramenta poderosa, que é a comunicação, é possível transmitir tudo. Formar novos líderes na equipe é ter a certeza de que ela funcionará bem mesmo sem a presença de seu mentor, sendo esse o maior legado que qualquer tipo de líder pode deixar.

O novo perfil gerencial consiste no líder passar a atuar como projetista, professor e regente da equipe, sendo responsável por fortalecer e a ajudar as pessoas a expandir suas capacidades, aperfeiçoar sua visão e conhecimentos. Enfim, o líder tornou-se responsável pela aprendizagem da equipe.

Porém, o compartilhamento do conhecimento somente ocorre em organizações mais flexíveis e democráticas em que há interação e troca de ideias entre os colaboradores. As pessoas precisam sentir-se parte do processo, estar envolvidas com o processo e com seu trabalho, para que a criação e a disseminação do conhecimento ocorram dentro da empresa.

E para que o processo de criação do conhecimento desenvolva-se efetivamente é necessário antes de qualquer coisa que as pessoas estejam dispostas a compartilhar o que sabem. A pessoa que detém o conhecimento é quem decide se deseja compartilhá-lo ou não, dependendo, portanto, do quanto ela está motivada para isso. Pode-se afirmar que motivação é uma questão central para uma eficaz gestão do conhecimento.

Um problema grande é o fato das pessoas não perceberem o real valor do compartilhamento de conhecimento. A maior parte do desafio está em convencer as pessoas a interagir para compartilhar o que sabem levar todos a querer fazê-lo e realizar esse processo de maneira eficiente.

Então, os líderes devem atuar efetivamente, conscientizando as pessoas da importância desta atitude, estimulando e recompensando o compartilhamento do conhecimento, como também aqueles que adotam as melhores práticas. Os líderes podem regularmente perguntar o que as pessoas estão aprendendo com as outras e como elas têm partilhado, transformando-as em árduos defensores da ideia de compartilhar, mesmo que não ocupem cargos hierárquicos, elas devem sentir que são importantes para que a organização cresça. Devem perceber respeito, que seu trabalho é fundamental e que os outros funcionários da organização dão valor ao que sabem.

Pode-se afirmar que os líderes que abrem espaço para seus funcionários compartilharem conhecimento, terão uma equipe inovadora, realizadora e realizada.

A gestão do conhecimento deve ajudar os líderes em geral a tratarem o conhecimento como um recurso e deve estimular ideias práticas que possam ser implementadas. A gestão eficaz do conhecimento deve, portanto, assegurar transparência interna e externa suficientes e ajudar os funcionários individuais a localizarem o que precisam. Alguns fatores que influenciam de forma facilitadora no compartilhamento da gestão do conhecimento: comunicação, treinamento e cultura.

Sobre o Autor

Eneida EngelbrethEneida Xavier Engelbreth. Arquiteta. Cursou MBA em Gestão de Projetos na Fundação Getúlio Vargas (FGV). Possui Certificação Scrum Master pela Scrum Alliance. Consultora em Gestão de Projetos e Processos. Possui experiência como Gerente de Programa e Projetos de Tecnologia no ITAUBBA, Gerente de Projetos do PMO na CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, Gerente de Projetos em Consultoria para o PMO do Bradesco; Gestão da qualidade e Processos no PMO do CITIBANK. Docente de pós-graduação em Gerenciamento de projetos.

 

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